quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O desconcerto que conserta

(Pe. Fábio de Melo)


A raiva, às vezes, é uma forma camuflada de amor. Diferente, mas é. É que o coração humano nem sempre consegue identificar o sentimento que o move. É claro que existem situações em que a raiva é raiva mesmo, mas, em outras, não. 

Você já deve ter experimentado o que estou dizendo, sobretudo no momento em que foi traído, enganado e até mesmo abandonado. O sentimento foi de revolta e, nela, o amor muda de cor, configura-se diferente... 

Quando temos o nosso amor traído, ameaçado pelo descaso do outro, nós nos revestimos de ódio e nos ressentimentos. Mas a fonte algumas vezes é o amor. Ele é o referencial de onde parte a nossa reação. Nem sempre temos coragem de assumir isso, uma vez que a "traição" nos trava para a misericórdia, e nos faz sentir a necessidade de devolver a ofensa com a mesma moeda. Então passamos a dizer que odiamos. Mas só o dizemos, porque o que nos falta é coragem para dizer que amamos. 

Camuflados e infelizes 

Camuflar é o recurso que usamos com o objetivo de nos justificarmos diante dos outros. É uma forma que temos de nos sentirmos menos humilhados. Não raras vezes, dizer que temos ódio é uma maneira de tentar dar a volta por cima. Estranho isso, mas acontece. 

Talvez seja por isso que as pessoas andam tão distantes dos seus verdadeiros sentimentos. Tememos a fraqueza. Tememos que o outro nos flagre no sofrimento que a gratuidade do amor nos trouxe. Preferimos assumir uma postura marcada pela agressividade à outra que nos mostrasse em nossa fragilidade. 

Nos dias de hoje, acentua-se a necessidade de ser forte, mas não há uma fórmula mágica que nos faça chegar à força sem que antes tenhamos provado a fraqueza. E amar é experimentar a fraqueza. É provar o doloroso campo da necessidade, da carência e da fragilidade. Amar é uma forma de depender, de carecer e de implorar. É uma forma de preenchimento de lacunas, visto que o amor é a melhor forma de complementar os espaços. 

Admirável desconcerto 

Quem ama sabe disso. Quem é amado, também. A gratuidade do amor consiste em amar quando o outro não merece ser amado. Surpresa maior não há: Ser abraçado no momento em que não merecemos ou esperamos ser perdoados. 

O amor verdadeiro desconcerta. Somente depois de dizermos infinitas vezes "eu te perdoo" é que temos o direito de dizer "eu te amo". Antes do perdão, o que existe é admiração, e esse último sentimento não é o mesmo que amar. Só amamos aqueles a quem perdoamos e, geralmente, só odiamos aos que amamos, caso contrário seríamos indiferentes. 

Pena que tem sido cada vez mais difícil declarar amor no momento em que o outro parece não merecer. Não temos coragem de tomar essa atitude porque ela é chamada de fraqueza, coração mole. Por medo de sermos vistos assim, camuflamos o amor com as roupas do ódio e perdemos a oportunidade de surpreender o outro com um gesto gratuito de amor. 

Na sua vida, não tenha medo de ser fraco, já que essa fraqueza representa, muitas vezes, a sua capacidade de amar. Quando o outro, pelas mais diversas razões, esperar pelo seu ódio, surpreenda-o com o seu amor. 

Desconcerte-o e, assim, você ajudará a consertar o mundo.






quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Sempre há tempo...

"Idade é um estado de espírito... Sempre há tempo.
Se é cedo ou tarde demais, depende como você se olha. 
Busque algo que te revigora: 
um novo amor, uma boa história...
Perceba a beleza do simples...
Pratique o desapego... 
Se por acaso você se enganou, talvez isso não seja propriamente um erro... 
Portanto, saiba esperar sem desespero".
(Demy Marcos)



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...