sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O ciclo da gentileza

"Um simples ato de carinho gera uma onda sem fim."

Tempo certo


Em um dos livros bíblicos – o Eclesiastes – há um texto de grande beleza. É o capítulo 3. Esse texto, que é atribuído ao sábio Rei Salomão, versa sobre o tempo e é uma preciosa lição.

Diz que "tudo tem o seu tempo determinado, e que há tempo para todo o propósito sob o céu

Há tempo de nascer, e tempo de morrer... 
Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou... 
Tempo de derrubar, e tempo de edificar... 
Tempo de chorar, e tempo de rir ou de dançar... 
Tempo de abraçar, e tempo de afastar-se... 
Tempo de buscar, e tempo de perder...
Tempo de guardar, e tempo de lançar fora... 
Tempo de rasgar, e tempo de costurar...
Tempo de calar, e tempo de falar..."

Nascemos quando precisamos de mais uma experiência na Terra, e devemos deixar o corpo no momento exato em que já cumprimos nossa missão.

Há a hora certa para falar: é quando nos dispomos a consolar o que chora, a emprestar um ombro amigo, a dar um bom conselho. Há o momento de silenciar, quando basta segurar a mão de alguém e transmitir solidariedade. E há o momento de calar para não ofender, magoar, maltratar... Há o momento de plantar e o de colher... O que semearmos livremente colheremos mais tarde. É a lei da causa e efeito.

Seríamos tão mais felizes se observássemos o momento adequado de todas as coisas... A vida requer olhos atentos. Não apenas os olhos físicos, mas as janelas da alma que são capazes de identificar necessidades e potenciais alheios. As almas sensíveis reconhecem a hora certa de agir.

Aceitar serenamente todos os aprendizados que a vida traz é uma arte pouco praticada e quase desconhecida. Assim como saber alegrar-se com as pequeninas coisas de todo dia, descobrir poesia em pétalas de flor, luares e poentes...

Nada acontece sem que o Criador saiba e permita. Embora debaixo do sol haja mais impiedade que demonstrações de amor, mais iniqüidade que justiça, tudo está evoluindo para nosso crescimento e aprendizado. Aja de forma reta, tenha a consciência asserenada pelo dever cumprido, e tudo isso se transformará um dia em felicidade.






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Redação da equipe do site Momento Espírita.
Em 19.05.2008.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Aos amigos distantes


Meus companheiros amados, 
não vos espero nem chamo: 
porque vou para outros lados. 
Mas é certo que vos amo.

Nem sempre os que estão mais perto 
fazem melhor companhia. 
Mesmo com sol encoberto, 
todos sabem quando é dia.

Pelo vosso campo imenso, 
vou cortando meus atalhos. 
Por vosso amor é que penso 
e me dou tantos trabalhos.

Não condeneis, por enquanto, 
minha rebelde maneira. 
Para libertar-me tanto, 
fico vossa prisioneira.

Por mais que longe pareça, 
ides na minha lembrança, 
ides na minha cabeça, 
valeis a minha Esperança.

(Cecília Meireles)



Uma vida não vivida pela eternidade...


Nietzsche: Nós devemos morrer... Mas na hora certa. A morte só não é aterrorizante quando a vida já se consumou. Já consumou a sua vida?

Breuer: Eu já consegui muitas coisas.

Nietzsche: Mas aproveitou a vida? Ou deixou-se levar por ela? Você está fora da sua vida... sofrendo. Por uma vida que nunca foi vivida.

Breuer: Não posso mudar minha vida. Tenho minha família, meus pacientes e alunos. É tarde demais.

Nietzsche: Não posso lhe dizer como viver de outra forma, viveria segundo o plano de outra pessoa, mas talvez eu possa lhe dar um presente, Josef. Eu poderia lhe dar um pensamento:
E se um demônio lhe dissesse que, esta vida, da forma como vive e viveu no passado, você teria de vivê-la de novo. Porém, inúmeras vezes mais, e não haverá nada novo nela. Cada dor, cada alegria, cada coisa minúscula ou grandiosa retornaria para você mesmo. A mesma sucessão, a mesma sequência, várias e várias vezes como uma ampulheta do tempo. Imagine o infinito! Considere a possibilidade de que cada ato que você escolher, Josef, você escolherá para sempre! Então toda vida não vivida permaneceria dentro de você. Não vivida... por toda a eternidade! 
Gosta desta ideia ou a detesta?... Escolha!

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Trecho do livro: Quando Nietzsche Chorou






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