sábado, 28 de dezembro de 2013

Cultivar um jardim


Para cultivar um jardim carece ter delicadeza no tocar...
É preciso ter a humildade de se curvar, ajoelhar na terra e tocar o destino de todos os seres: o pó...
É necessário fé de que as sementes lançadas na terra fecundarão a contento...
Esperar o tempo dar o discernimento, dizendo-nos o que devemos cultivar e o que devemos arrancar...
Cultivar um jardim é a mais perfeita metáfora de uma prece que fazemos...

(Willmondes)





quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Inteligência Emocional


"O homem prudente não diz tudo quanto pensa,
 mas pensa tudo quanto diz." 
(Aristóteles)




Inspiração


"Que a inspiração chegue não depende de mim. 
A única coisa que posso fazer é garantir que ela me encontre trabalhando." 
(Pablo Picasso)





sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Olhar de turista



"A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa...
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo!
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe!
De alma aberta e o coração cantando...

(Mário Quintana)

A verdadeira arte de viajar em A Cor do Invisível




sábado, 7 de dezembro de 2013

Filhos X Herdeiros


"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o valor das coisas, não apenas o seu preço."
(Max Gehringer)



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ah, se eu soubesse...

(Texto de Hugo Lapa)


Dizem que quando chegam ao plano espiritual, a maioria dos espíritos pensa algo muito parecido:

- Ah se eu soubesse…




Se eu soubesse que a vida real não é de sofrimento, mas de paz e liberdade… Se eu soubesse que nada que existia na matéria é permanente, que lá é tudo passageiro, eu não teria brigado no trânsito, batido nos meus filhos, me apegado a tantas coisas efêmeras.

Ah se eu soubesse… Teria ajudado muito mais gente, teria me enriquecido com amor e luz, teria deixado de lado esses problemas pequenininhos, teria feito caridade aos necessitados, teria deixado o amor fluir, teria me atirado no bem sem nenhuma preocupação, teria sido mais humilde, teria vivido em paz.

Ah se eu soubesse… Teria passado mais tempo com aqueles que amo, teria me preocupado menos, teria tido mais paciência, teria me soltado mais, me desprendido mais, teria vivido mais livre, de forma mais espontânea, mais natural, teria visto o lado bom de tudo, teria valorizado as coisas simples da vida.

Ah se eu soubesse… Se soubesse que a vida na Terra vai e vem, que tudo se esvai, que nada é permanente, que não existe algo fixo, imutável... Se eu soubesse que tudo começa e termina, que os relacionamentos começam e terminam, que a dor lateja e depois vem o alívio...

Ah se eu soubesse… Se soubesse que os arrogantes sobem, ficam no topo e caem por si mesmos; caem pelo seu próprio castelo de cartas da ilusão que criaram. Se soubesse que as diferenças sociais se extinguem, que na morte todos somos filhos do universo, que a fome é saciada, que a sede é aliviada, que a violência só traz mais violência, que os injustiçados são compensados, que os perdidos sempre se encontram, e quem está demasiadamente seguro de si acaba se perdendo...

Ah se eu soubesse… Que as mágoas corroem o espirito, que a cobiça gera insatisfação, que a lisonja só cria humilhação, que a preguiça gera estagnação... Se eu soubesse que o medo é sempre maior do que a mente engendrou eu teria me arriscado mais, teria ousado, teria tido a coragem de ser o que eu sou, teria retirado essa máscara que encobria minha verdade, teria desatado o compromisso com o logro, com a burla, teria assumido minha integridade sem divisões, sem fragmentos.

Ah se eu soubesse… Não teria cortejado o sucesso, não teria me atirado ao poço fundo, vazio e solitário da avidez, e não teria me enganado pois, ao atingir o topo, a descida é o único caminho. Se soubesse que tudo muda e nada se encerra, teria posto de lado as moléstias da nostalgia.

Ah se eu soubesse... Teria menos pressa, olharia mais para a vida, veria mais o nascer do dia, comeria com calma o pão de cada manhã, teria plantado uma árvore, corrido no jardim, deitado no chão e rolado na grama... Teria mergulhado e me perdido no tempo, solto em reflexões sobre os mistérios da vida. Teria me desimpedido de autocobranças, teria me aceitado como sou e aceitado o milagre da vida como ela é...

Ah se eu soubesse... Que o mar espiritual é infinito de bençãos, não teria digladiado por um copo de água ao lado do grandioso oceano da plenitude. Teria deixado todas as quimeras de lado e vivido mais a vida, a existência, a liberdade, o eterno presente...

Ah se eu soubesse... Teria renunciado aos hábitos arraigados, às discussões estéreis, a especulação teórica. Se eu soubesse, teria permanecido mais na natureza, observando os pássaros, molhando as mãos no rio, sentindo o vento, me aquecendo ao sol da manhã, sujado as mãos na lama e sentido o frescor da chuva...

Se eu soubesse que sou um ser em desenvolvimento na essência inesgotável e eterna da vida, teria sido infinitamente mais livre e feliz!





domingo, 1 de dezembro de 2013

Maneiras de Amar

(Carlos Drummond de Andrade)



O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. 

O girassol não ia muito com sua cara... Ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza. Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. 

Era uma situação bastante embaraçosa que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra na devida ocasião.

O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma, e mandou-o embora depois de assinar a carteira de trabalho.

Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. Porém, a mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. 

_Você o tratava mal, agora está arrependido?

_Não! _ Respondeu. _ Estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar... Ele sabia disso e gostava.


Fotografia de Regina Souza

Tocando em frente...

(Composição: Almir Sater e Renato Teixeira)

Tocando em frente by Oswaldo Montenegro on Grooveshark


Ando devagar porque já tive pressa,
Levo esse sorriso porque já chorei demais...

Hoje me sinto mais forte...
Mais feliz, quem sabe?
Só levo a certeza
de que muito pouco eu sei...
Eu nada sei...

Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...

É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir...

Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha e ir tocando em frente...
Como um velho boiadeiro levando a boiada,
Vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou...
Estrada eu sou...

Todo mundo ama um dia...
Todo mundo chora.
Um dia a gente chega...
No outro vai embora.

Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz...
De ser feliz!





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