segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Qual é a sua causa?

Uma revista traz estampada em sua capa uma questão direta e provocante: Qual é a sua causa? Logo abaixo da pergunta tema da matéria principal, um pequeno texto explicativo:

Todo mundo pode fazer a diferença. E nem precisa mudar o mundo. As maiores lutas estão no dia a dia.

No corpo do periódico, o texto da matéria começa declarando:

Doar sangue, cabelo, alegria ou tempo. Resgatar a autoestima, um animal, um sonho ou uma vida. Conheça histórias de pessoas que descobriram diferentes razões para viver e uma mesma felicidade – a de ajudar.

Logo em seguida, lemos diversos relatos de pessoas e suas causas nobres. Algumas muito singelas, mas todas extremamente importantes.

Uma mulher deixou o cabelo crescer e depois doou para pacientes em tratamento quimioterápico... Um homem liderou o projeto de tombamento do bairro onde nasceu e cresceu... Mulheres que, para defender a causa do parto humanizado tornaram-se doulas, ou seja, mulheres que dão suporte físico e emocional a parturientes... Um adolescente acompanha a mãe numa atividade de contar histórias, brincar e conversar com crianças carentes, filhos de dependentes químicos... E muitos outros vão surgindo, desenhando suas belas causas, produzindo como que uma pintura indescritível que só o bem é capaz de retratar.

Talvez possamos nos perguntar: Será que todos nós precisamos ter alguma causa? Não é suficiente apenas viver bem, amar, cuidar da família, respeitar o próximo? Para um grande número de pessoas, possivelmente sim, mas não sentimos dentro de nós uma vontade de fazer algo mais? Um vazio que, por vezes, nos desanima e não sabemos o que é?

Se já entendemos os propósitos da vida, será que não podemos fazer algo mais do que vimos fazendo? Não precisa ser nada grandioso, como afirma o próprio texto da reportagem. Pode ser algo em nossa comunidade, algo que faça de nós um agente de união, de civilidade, de bom senso.
O mundo precisa de líderes bons, que façam mais do que falem. Estamos cansados dos que falam, prometem, têm bela oratória e não honram seus dizeres. Queremos o silêncio das boas ações!

Assim, trazemos este suave convite: abracemos uma causa qualquer. Aquela com a qual mais nos identifiquemos. Entreguemo-nos a algo sem interesse próprio, doando nosso tempo, nossa energia, e descubramos o quanto isso pode fazer bem aos outros e a nós mesmos.

O gesto de levantarmos uma bandeira para defendermos uma causa em que acreditamos, verdadeiramente, nos enche de vitalidade, o coração bate diferente e nos inunda com saúde. Defender uma causa é dizer não à indiferença que teima em querer nos tornar zumbis da modernidade, repletos de informação, repletos de conhecimento, mas pobres no sentir.

Importemo-nos com algo. Importemo-nos com nosso próximo. Importemo-nos.

Qual é a sua causa?
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Redação do Momento Espírita, com base em reportagem de Helaine Martins, Carla Pimentel, Rafaela Carvalho, Carolina Muniz e Roberta Barbieri, da revista Sorria, de agosto/setembro de 2014.


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