terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Simpatia vs. Empatia



(Vídeo: Simpatia X Empatia)


De um modo geral, imaginamos que tanto a simpatia quanto a empatia possuem o mesmo significado. Isto não é verdade! 

A simpatia é comumente confundida com carisma. Diz-se que alguém é simpático quando é agradável, admirável, sorridente. Na verdade, uma pessoa é simpática quando consegue compreender e identificar as emoções e os sentimentos, positivos ou negativos, dos outros indivíduos. Ser simpático é uma forma de se relacionar. É uma capacidade que esta ligada ao encontro, ao primeiro momento, a um nível inicial de percepção.

Já a empatia é uma percepção “mais profunda”. Exige mais do que somente reconhecer o estado emocional do outro. É a capacidade de enxergar o que se passa no íntimo das pessoas, pensando como a outra pessoa pensaria, sentindo-se como o outro sentiria, e, principalmente, enxergando as situações e sentimentos exatamente como a outra pessoa os estão vivenciando, partindo do ponto de vista dela.

Ao desenvolvermos a empatia, conseguimos ter o real entendimento, a compreensão das idéias, dos sentimentos, das motivações e intenções dos outros. Mas como, de fato, conseguimos desenvolver esta capacidade? Libertando-nos da forma de pensar egoísta. Ter o pensamento egoísta significa querer entender o outro partindo unicamente do nosso próprio referencial. É querer entender o outro indivíduo a partir do que EU acredito ser certo. Apresentamos a tendência de pensar que as nossas opiniões, os nossos gostos, as nossas escolhas são sempre as melhores ou mais corretas – não só para nós mesmos mas para aqueles que estão a nossa volta.

Pensar de forma empática significa perceber a realidade do que é importante, significativo e sentido pelo outro, abrindo mão momentaneamente do nosso ponto de vista. Ao percebermos esta diferença, não ficamos amarrados em pré-conceitos, e perceberemos que algo que não é importante para mim, pode ser extremamente importante para o outro e motivo suficiente para levá-lo a determinada ação ou estado emocional.

Façamos essa experiência. Tentemos nos tornar mais empáticos com as pessoas e assim começaremos a perceber como temos muito o que aprender com as experiências delas. Assim, talvez, possamos também colaborar com elas de maneira mais eficaz.

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Fonte: Praticando a Psicologia. Texto de Kely Schettini (Psicóloga pela PUC-SP e Especialista em Psicologia Hospitalar pela Faculdade de Medicina da USP) com algumas alterações.





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