terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Uma vida não vivida pela eternidade...


Nietzsche: Nós devemos morrer... Mas na hora certa. A morte só não é aterrorizante quando a vida já se consumou. Já consumou a sua vida?

Breuer: Eu já consegui muitas coisas.

Nietzsche: Mas aproveitou a vida? Ou deixou-se levar por ela? Você está fora da sua vida... sofrendo. Por uma vida que nunca foi vivida.

Breuer: Não posso mudar minha vida. Tenho minha família, meus pacientes e alunos. É tarde demais.

Nietzsche: Não posso lhe dizer como viver de outra forma, viveria segundo o plano de outra pessoa, mas talvez eu possa lhe dar um presente, Josef. Eu poderia lhe dar um pensamento:
E se um demônio lhe dissesse que, esta vida, da forma como vive e viveu no passado, você teria de vivê-la de novo. Porém, inúmeras vezes mais, e não haverá nada novo nela. Cada dor, cada alegria, cada coisa minúscula ou grandiosa retornaria para você mesmo. A mesma sucessão, a mesma sequência, várias e várias vezes como uma ampulheta do tempo. Imagine o infinito! Considere a possibilidade de que cada ato que você escolher, Josef, você escolherá para sempre! Então toda vida não vivida permaneceria dentro de você. Não vivida... por toda a eternidade! 
Gosta desta ideia ou a detesta?... Escolha!

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Trecho do livro: Quando Nietzsche Chorou






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